31.3.03
Sábado foi a noite da pegadinha.
Em alguns momentos eu só estava esperando ser pego pelo Serginho Mallandro, pelo Gib, pelo Gugu e pelo João Kléber (arrrgghh).
Todos juntos.
Lugar certo. Balada errada.
A noite que poderia ter sido trash que só ela. Salvo pelo celular e pela memória.
Estava no lugar certo, mas na festa errada. Como isso pode acontecer ..??
Um medley de acontecimentos. Um pout porri de emoções. (nem sei se escreve assim, mas tá aí)
Banho, barba, perfume e balada. Cd gravadinho pra trilha sonora da noite. E vamos nóis.
50 lascas de gasolina. 8 lascas de estacionamento. 10 lascas de entrada. E futuras 10 lascas de consumação.
Local : Picasso. Centro velho de SP. Decadente. E muito bom.
Na entrada pessoas vestidas como se fossem rufiões e meretrizes. Repare: "como se fossem".
Entro, pago as 10 lascas e estou pronto pra curtir.
Mas peraí....cadê as caras conhecidas. Só um carinha que eu vi na fila que me parecia ser da Cásper. E nada mais.
E o resto cadê. Porra já são 00h30. Esse pessoal não vai chegar nunca ??
E o que aquela mulher de vestido malhado e bunda grande demais tá querendo comigo ??
Pq só a garçonete está usando calça ???
Pq os caras estão todos de chapéu e paletó ??
Isso aqui parece o baile do Piratininga.
Sentindo que estava no lugar errado procuro o rosto conhecido e pergunto se ele sabe onde está. Ele me alivia dizendo que sim.
Me dá até o endereço que veio pelo email. Beleza. É aqui. Mas cadê o pessoal ???
Isso tá muito estranho e se eu não me cuidar a mulher de vestido malhado vai sentar aquela bunda enorme aqui do meu lado.
A palavra é : SOCORRO !!!!!!!!
Ligo desesperadamente para o telefone da Petria. Qua aliás não é o usual. Ele está com outro telefone e tenho que usar os parcos neurônios que me restam para lembrar aquele numerozinho que eu anotei no bloco em casa.
Depois de tentar ligar pra quase São Paulo inteira, a gravação de "..esse número de telefone não existe.." já queria me mandar a merda.
Por sorte. Por muita sorte. Por sorte pra caralho acerto o número e descubro que a balada mudou de lugar.
Lindo...agora é só negociar a saída e se mandar para o Cambdrige.
Sorte que o dono é o mesmo e eu posso pagar só uma entrada. E o rosto conhecido da Cásper acaba entrando no esquema também.
Consegui me livrar daquela Festa do Ridículo. Onde o mais ridículo era eu. Que não conhecia ninguém e que estava vestido normalmente.
Que paradoxo triste.
Salve a memória e o telefone celular.
E salve as 3 caipirinhas que eu tomei no Cambdrige.
E salve, salve sras. e srs. e rapaziada em geral.
Poderia ser pior.
